quarta-feira, 28 de março de 2012

Bem na foto

País aposta nas creches e pré-escolas na instância educacional, e não em programas que contam com o apoio da família

Entre os países latino-americanos, o Brasil é visto como o detentor da legislação e a política educacional mais avançadas do continente. O entendimento da educação infantil como primeira etapa da Educação Básica e a concepção de desenvolvimento das possibilidades e competências das crianças a partir de seus modos específicos de aprendizagem são reconhecidos como um exemplo a ser seguido. Entretanto, é consenso que o principal desafio brasileiro é o mesmo de seus vizinhos: oferecer o acesso à educação desde os primeiros meses de vida e superar o desafio da qualidade.

Hoje, das 12 milhões de crianças brasileiras de até 3 anos, menos de 20% estão matriculadas na educação infantil. Entre a população rural, essa taxa cai para 8%. Considerada prioridade pelo atual governo, a primeira infância ganhou metas específicas no Plano Nacional de Educação (PNE), em discussão no Congresso Nacional. O intuito é elevar o atendimento dos 0 aos 3 anos para 50% e universalizar o acesso dos 4 aos 5 anos até 2020. Segundo dados oficiais, atualmente 80% das crianças de 4 aos 5 anos estão matriculadas em pré-escolas. Entre a população dos territórios rurais, esse número cai para menos de 60%.

Além do desafio da inclusão, há ainda o desafio da qualidade. Segundo pesquisa da Fundação Carlos Chagas encomendada pelo Ministério da Educação, quase 50% das creches e 30% das pré-escolas analisadas encontram-se em situação inadequada em diversos quesitos, como mobi­liário, interação e atividades em sala. Apenas 1,1% das creches e 3,6% das pré-escolas foram classificadas no nível "bom". "Precisamos avançar muito na qualidade", admite Rita Coe­lho, coordenadora geral de educação infantil do Ministério da Educação. Mas ela vê avanços. "Quem atua na educação infantil há mais de 20 anos percebe que a integração da educação infantil ao sistema educacional é um divisor de águas", pontua.

A professora do Departamento de Educação da PUC-RJ Sônia Kramer concorda. Ela lembra que há 30 anos, dos 21 milhões de crianças brasileiras de 0 aos 6 anos, apenas 3,51% frequentavam instituições de educação infantil, incluindo a rede particular. Para ela, os avanços são resultado de um "expressivo" movimento social, de profissionais das mais diferentes áreas do campo educacional, associado ao aumento da pesquisa acadêmica para essa etapa de ensino. "É um aspecto muito interessante, que dá a essa etapa da educação básica uma expressiva diferença pela articulação dessas três instâncias da sociedade", acredita.

Os marcos legais também colocam o Brasil em destaque em relação aos países vizinhos. O direito universal à educação para crianças de 0 a 6 anos, reconhecido ainda na Constituição de 1988, a confirmação da educação infantil como primeira etapa da Educação Básica, na Lei de Diretrizes e Bases de 1996, a incorporação recente da primeira infância nos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil são considerados exemplos. "Temos no país o que chamamos de opção brasileira pela educação infantil de forma institucionalizada. Muitos países fizeram programas de "mãe crecheira", com o uso da família no projeto de expansão. A opção brasileira, na qual aposto, é pelas creches e pré-escolas na instância educacional", diz Sônia.

Sem consenso
A unanimidade acaba, entretanto, quando se trata da aprovação da Emenda Constitucional 59/09 que, entre outras medidas, instituiu a obrigatoriedade de matrícula/frequência de crianças de 4 e 5 anos na pré-escola. Aprovada em 2009, a emenda tem até 2016 para ser colocada em prática em todo o país. O próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, tem dito que a universalização dessa faixa etária deve ser alcançada em 2020, como prevê o PNE.

As principais críticas à adoção da obrigatoriedade estão relacionadas à falta de discussão ampla sobre o tema - a emenda tratava, na verdade, da Desvinculação de Recursos da União (DRU) para a educação -, à possível confusão entre obrigatoriedade de oferta e de matrícula e à desconfiança de que a obrigatoriedade seja atingida ao custo da falta de qualidade. No estudo "Uma Tragédia Anunciada: Educação Pré-Escolar Obrigatória", a professora de psicologia social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Fúlvia Rosemberg faz um levantamento da obrigatoriedade da educação pré-escolar na América Latina e em outros países do mundo. Sua conclusão é a de que a obrigatoriedade não elimina iniquidades regionais, rural-urbanas, de renda domiciliar per capita e de contexto étnico no acesso à educação pré-escolar e na qualidade da oferta, um dos principais argumentos para a adoção da medida.

A pesquisadora levanta, ainda, a hipótese de que a emenda possa ser interpretada como uma obrigação dos pais de matricularem seus filhos na escola. E a de que a não especificação da matrícula aos 5 anos na educação infantil possa levar à matrícula no ensino fundamental. Rita Coelho, do MEC, garante que nenhum dos dois casos é factível. "Não estão previstas penalidades para os pais que não matricularem seus filhos, já que o Código Civil não foi alterado. Não iríamos penalizar uma criança que já foi penalizada. A motivação da obrigatoriedade é pela busca de igualdade de oportunidades", diz Rita.

Segundo a coordenadora do MEC, o Conselho Nacional de Educação já se posicionou com inúmeros pareceres sobre a faixa etária para a matrícula e, do ponto de vista da legislação educacional, não há uma idade "vazia", o que minimiza a questão da matrícula de crianças abaixo dos 6 anos no ensino fundamental. Mas ela admite que algumas promotorias, como dos Estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul, têm concedido liminares para permitir que os pais possam matricular crianças abaixo dos 5 anos no ensino fundamental. "Mas isso tem a ver com uma ansiedade dos pais, que entendem como vantajoso para a criança, quando todas as pesquisas mostram que isso não é verdade", argumenta.

Roselane Fátima Campos, professora do departamento de Metodologia de Ensino/Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, receia que medidas que visem apenas a ampliação do acesso criem falsas ideias sobre democratização da educação infantil. "Deveríamos ter aprendido com as lições da ampliação quantitativa do ensino fundamental durante a década de 1990: ampliar com recursos reduzidos significa oferecer educação de péssima qualidade. Democratizar implica ampliar consideravelmente os recursos para a educação infantil", defende.

Construir para incluir
Para enfrentar a busca pela universalização dos 4 aos 5 anos e a ampliação do acesso de 0 a 3 anos, os municípios têm recorrido à construção de novas escolas e à ampliação das já existentes. Para isso, contam com o ProInfância, programa que repassa recursos para a compra de mobiliário e construções arquitetônicas, desenhadas para o desenvolvimento pleno das crianças. De qualquer forma, a naturalmente reduzida capacidade de atendimento nos primeiros anos de vida mostra que o desafio é hercúleo. "É impossível universalizar a faixa de 0 a 3 anos. Só o poder público não dá conta. É o nosso maior gargalo, por isso o ProInfância foi importante", admite a assessora especial da Secretaria Municipal de Educação do município de Mauá, em São Paulo, Lairce Rodrigues de Aguiar.

A Escola Municipal Professora Patrícia Martinelli Ferreira Panigalli, inaugurada em setembro de 2010, nos moldes do ProInfância, em Mauá, atende  252 crianças de 0 a 5 anos. As escolas do programa são menores do que as normalmente utilizadas pelos municípios, que podem chegar a até mil crianças. Lairce faz a conta: a Patrícia Martinelli tem oito salas de aula, sendo que cada uma atende 12 alunos de 0 a 3 anos. "Então, para conseguir atender à demanda é muito difícil."

Outra saída dos municípios são os convênios com entidades conveniadas, que recebem repasse de verbas para atender de 0 a 3 anos. Segundo Lairce, as entidades são acompanhadas por um educador, que dá assessoria e acompanhamento pedagógico à rede. Mesmo assim, em termos quantitativos os convênios também não ajudam muito - os cinco convênios existentes atualmente em Mauá atendem 570 crianças. Da faixa etária de 0 a 3, o município é responsável por um total de 2.917 crianças, incluindo as  conveniadas.

Na outra ponta, estão as escolas privadas, que aproveitam para ocupar o espaço de demanda. Das cerca de 70 escolas de educação infantil em Mauá, apenas dez têm autorização de funcionamento. As demais estão no processo de regularização de documentação. Desde 2009, cerca de três escolas particulares foram fechadas. Mesmo com as dificuldades, Lairce acredita que o modelo de parceria entre público e privado funciona. "A relação com as escolas particulares não é fácil, mas estamos quebrando essas barreiras e nos colocando mais como parceiros do que fiscalizadores. Brincamos que, a cada dia, surge uma nova escola em uma área de periferia. E quando fechamos, temos de oferecer alternativa de vagas."

Formação de professores
Sônia Kramer, da PUC-RJ, que também vê na obrigatoriedade eventuais problemas como a falta de condições para atender à meta tão rápido, acredita que o ponto central da discussão está na formação dos professores e gestores que lidam diretamente com a educação infantil. Também coordenadora do curso de especialização em educação infantil da PUC-RJ, que existe há 18 anos, Sônia vê nos concursos públicos municipais um dos principais gargalos para a qualidade da educação infantil. "Muitos municípios não fazem concursos públicos específicos para essa etapa educacional. Em geral, quem assume é o professor que faz o concurso para educação fundamental e é alocado na educação infantil", observa.

Outro desafio é a articulação com outras etapas de ensino, principalmente o ensino fundamental. "A obrigatoriedade precisa significar qualidade na educação infantil, assim como no ensino fundamental, que nós universalizamos, mas apresenta problemas muito graves. Se não for com uma oferta de qualidade, não vai beneficiar as crianças", diz. De alguma forma, todas essas questões passam pela qualidade da educação ofertada. As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil são reconhecidas como um documento importante para enfrentar a questão. Segundo educadores, elas têm o mérito de estarem baseadas em dois grandes eixos: a brincadeira e a interação e a adoção da criança como ponto de partida, em todas as suas dimensões, visando o seu desenvolvimento integral.

Patrícia Corsino, professora da faculdade de Educação da UFRJ, observa que as diretrizes foram construídas com base num intenso diálogo entre a universidade e os profissionais que lidam diretamente com a criança, na busca de "um processo dialógico entre o professor e as crianças, em que as culturas infantis são instituídas e construídas nas relações". Mas ainda há desafios na prática, principalmente no que se refere ao entendimento do papel da escola, como um agente distinto que vai além dos laços familiares, tão importantes na primeira infância. "A educação infantil é importante ao fazer a diferença para a criança, permitir que ela saia da sua própria referência, da família. A escola que não considera a cultura infantil e da comunidade fica com a cultura escolar empobrecida. A formação escolar é fundamental, e junto com isso precisamos dar condições que possibilitem as interações entre as crianças e os adultos." Eis um desafio que não é só do Brasil, mas de todo o continente.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Alckmin acaba com as aulas de reforço em São Paulo

Desde 1997, no estado de São Paulo haviam aulas de reforço para alunos com dificuldade de aprendizagem nas redes estaduais fora do período de aula, haviam de duas a três aulas semanais.
O governador tucano substituirá esse tipo de atividade, colocando um segundo professor em classe para auxiliar o professor titular, sanando as dúvidas individuais dos alunos. Essa medida será adotada a partir de maio ainda este ano.
O argumento utilizado para essa alteração, é de que havia pouca frequência dos alunos nas aulas aplicadas fora do período regular. Essa estratégia teria portanto, o intuito de ajudar os alunos, pois os mesmos receberão uma atenção diferenciada, sem que tenham que passar horas a mais na escola.
Mas, seria essa a melhor tática? Ainda assim, haverão aproximadamente 40 alunos numa mesma classe. Já que há dois professores dividindo o mesmo espaço, por que não dividir a classe em duas turmas com 20 alunos cada?




Danielle Honória

terça-feira, 20 de março de 2012

Uma tecnologia mais crítica

O texto "Uma tecnologia mais crítica" é em entrevista com uma pesquisadora e aponta que a internet ajuda muito na vida das pessoas  e que o processo de socialização em relação a isso começa no âmbito familiar. Acrescenta também que o Poder Público não tem só a responsabilidade de formar pessoas para o mercado de trabalho, mas como desenvolver a capacidade crítica, reflexiva e, ainda, a intelectual.
Para a população mais pobre ou de áreas distantes, a pesquisadora diz que é importante que se insista nesse ponto mas que depende do modo que ela foi educada e das informações que ele adquiriu no decorrer de suas experiências e se nçao houver cultura, se não houver o movimento em não só criar as pessoas para o mercado de trabalho, se esse papel nçao for da escola ou se as famílias não tiverem essa preocupação, as tecnologias farão com que o mundo continue do jeito que está.


Nathália Vianna

Serra erra o nome do Brasil em entrevista à TV

José Serra anunciou oficialmente nesta semana sua intenção de disputar a prefeitura de São Paulo em outubro. Mas a largada não foi a dos sonhos: na primeira entrevista exclusiva já como pré-candidato, o tucano se equivocou ao dizer que o nome do país a cuja Presidência concorreu duas vezes: “O Brasil chama Estados Unidos do Brasil”, afirmou, em meio a uma resposta sobre o Euro. O apresentador Boris Casoy, do Jornal da Band, corrigiu o tucano que, surpreso, perguntou: “Mudou?”. Mudou. Na Constituição de 1967. Desde então o Brasil se chama República Federativa do Brasil. O vídeo, claro, circula pela internet.
                                                                         Gabriel Castro, de Brasília

Definitivamente, nós estamos em estado de calamidade, em pleno séc. XXI, a onde um politico deixa um  cargo (governador) para disputar um outro (prefeito), e ele não sabe nem qual o nome do país onde ele vive..
Você, que irá votar nele, pelo menos lembre do nome dele... e das coisas que ele fez...
Douglas Barreto

segunda-feira, 19 de março de 2012

Educação faz novos cursos para professores de tecnologia

Publicada terça-feira, 13 de março de 2012, às 14:17

Educação faz novos cursos para professores de tecnologia


NTEM oferece capacitação de professores sobre tecnologia - Divulgação 

A Secretaria Municipal de Educação, por meio do NTEM (Núcleo Educacional de Tecnologia Municipal), abriu inscrições para os cursos do pacote Proinfo Integrado, que tratam da educação digital, tecnologias na educação e elaboração de projetos.
Os cursos, realizados em parceria com o governo federal, governo do Estado e município, têm como objetivo a formação de professores e gestores, voltada para o uso didático-pedagógico das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) no cotidiano escolar.
Estão sendo oferecidas 118 vagas nestes cursos do Pacote Proinfo, 48 para o curso de Educação Digital (Sistema Linux) – destinado a educadores da Rede Municipal de Ensino – e 84 vagas para os professores que atuam nas escolas indígenas do município.
No total, o NTEM abre 250 vagas de capacitação neste início de ano. Atuando na formação de educadores, o NTEM tem preparado os funcionários da Rede para introduzir a tecnologia nas atividades diárias.
As inscrições deverão ser feitas somente por meio do preenchimento do formulário on-line, disponível no site da Prefeitura de Dourados, (www.dourados.ms.gov.br), entre 13 e 25 de março. Mais informações pelo telefone 3411-7133.

A noticia relata a abertura de inscrições para o aperfeiçoamento e para o uso de tecnologias para a área de educação, o que sem dúvidas é um avanço significativo para as práticas educacionais, inclusão digital e adequação de profissionais para o uso de tecnologias em sala de aula.
Como é provado a internet está cada dia mais presente na nossa vida e dentro da salas de aula, então a formação tecnológica do professor, gestor ou pedagogo é cada vez mais exigidas em instituições de ensino, a proposta do curso oferecido tem como objetivo não só o aperfeiçoamento do profissional mas também, a inclusão digital para comunidades não apenas urbanas como indígenas trazendo para o cotidiano os diversos usos e ferramentas que a internet pode oferecer.

Thaiany Almeida

domingo, 18 de março de 2012

PPQ

Após dois dias de paralisação, os professores das redes municipais suspenderam a greve na última sexta-feira, 16 de março, mas há a possibilidade de retomarem após o dia 21, dependendo da negociação. 
A proposta inicial do governo para acabar com a greve, é um reajuste de 10% na gratificação do Programa de Produtividade e Qualidade (PPQ), podendo chegar a R$275,00, mas esse benefício, além de ser um valor desprezível,  não é incorporado ao salário e não servirá em caso de aposentadoria.
Analisando essa proposta, é possível chegar a conclusão de que, essa gratificação não é incorporada ao salário, pois caso fosse, não poderia ser reduzida ou "tomada" do educador e também não beneficiaria os aposentados ou, os que se aposentarão com o salário de professor. Fora o fato de que o governo poderia tirar o benefício de professores que decidissem lutar pelos seus direitos através de manifestos e greves, fazendo assim, que os mesmos sejam manipulados.
O PPQ trata-se de uma ilusão, para que houvesse a real valorização do professor deveria haver um aumento no piso salarial dos mesmos, pois se há dinheiro para implantar esse tipo de "benefício", por que não há para a implantação desse dinheiro no salário?




Danielle Honória

terça-feira, 13 de março de 2012

Educação e Computação na Nuvem:

 Escolas podem ter bibliotecas com até 5 mil livros

No ano de 2010, o governo sancionou a lei nº 12.244, que, em sua essência, obriga todas as instituições de ensino, sem exceção, a disponibilizar bibliotecas até 2020. Trata-se de uma tentativa de facilitar o acesso de livros didáticos e obras literárias a alunos do ensino brasileiro. Mas, com a evolução da tecnologia e a disponibilidade de informações obtidas a poucos cliques, livros fisicos seriam mesmo necessários?
           A Mix Tecnologia, uma empresa pernambucana de TI, acredita ter encontrado um meio termo para essa questão. É ela que gerencia, nas regiões Norte e Nordeste, toda a parte de logística comercial do projeto "Nuvem de Livros" - uma criação do Grupo GOL (que não tem nada a ver com a empresa de aviação civil). Trata-se de um modelo de negócios que alia a hospedagem de arquivos na nuvem com a evolução tecnológica favorável à educação. "Todos os lados são remunerados: empresa, editora, autor dos livros - todos saem ganhando de forma justa", afirma Murilo Marinho, diretor da Mix Tecnologia.
           A ideia de ambas as empresas é promover exatamente o que a lei nº 12.244 rege, mas de uma forma que não obrigue as instituições de ensino - por vezes, sem verbas suficientes para reformas físicas - a gastar dinheiro excessivo na construção de bibliotecas físicas. Por R$ 48,00 anuais por aluno, as empresas concedem acesso ao acervo que, hoje, está próximo da marca de 5 mil livros: "A lei não determina se as bibliotecas devem ser físicas ou virtuais. O nosso projeto é perfeito para isso justamente pelo fato de ser mais barato para a escola, além de remunerar autores através de um piso mínimo contratual que aumenta conforme sua obra se populariza. Levando em consideração que a maior parte das escolas já conta com acesso Wi-Fi ou laboratórios de informática, além do crescimento da internet móvel nas mãos de adolescentes, essa pode ser uma solução a longo prazo para os alunos", diz Marinho.
          Toda a tramitação é feita pelo grupo Gol. Autores e editoras são procurados - ou procuram - a empresa para disponibilizar sua obra na nuvem. Assim, firma-se um contrato estipulando valor a ser pago para o autor - em caso de escritores independentes - ou à editora. A obra então é disponibilizada para visualização pelo PC. Todo o acervo é disponibilizado por R$ 4,00 ao mês por aluno", explica Marinho. O interessante é que, com a questão da portabilidade de recursos, essa nuvem também já conta com uma versão para tablets e smartphones Android (versão 3.x ou superior), enquanto uma versão para iOS está em fase de aprovação pela  Apple.
 Pirataria?
            Marinho diz que esse foi um ponto muito pensado na idealização da Nuvem de Livros. De acordo com o diretor, a forma de proteger os autores e editoras contra a disseminação indevida de suas obras é permitir a visualização do arquivo apenas pelo usuário: "Em nenhum momento há um download do arquivo para o HD do usuário. Também não há como selecionar trechos do texto e copiá-los em um editor, como WordPad e afins. Se é possível piratear? Sim, é, mas só se a pessoa tiver a paciência de imprimir páginas em HTML uma por uma ou copiar o texto 'na mão'".
            Murilo espera que usar a nuvem para fins mais educativos se torne uma tendência global. E você, o que pensa do assunto?  Acha que isso ajudaria, nem que fosse para aliviar o peso das mochilas escolares?  Ou o método padrão que conhecemos ainda é o mais indicado?
Veja mais em Olhar Digital [http://olhardigital.uol.com.br]

  Autor, Arbulu Rafael, http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/como-a-educacao-brasileira-pode-ser-revolucionada-pela-nuvem 03 de Fevereiro de 2012 | 10:32h.

Isso é um acontecimento "ridículo", pois se  uma nova tecnologia surge, por que destruir as antigas ? Segundo meus pensamento, tenho a certeza de que o Livro "folha, papel" e muito importante, tanto como a tecnologia digital. Obviamente que com o avanço da tecnologia tudo pode melhorar, mas com certeza o "governo" quer saber de "faturar".
       Douglas Barreto

quinta-feira, 8 de março de 2012

Evolução Tecnológica na escola do século XXI

No dia 9 de fevereiro de 2012, nosso ministro da educação, Aluízio Mercadante, afirmou que a escola não tem capacidade de processar a velocidade tecnológica e disse ainda, que a escola não pode ficar a "margem da evolução tecnológica".
Com o intuito de definir que a inclusão digital deve começar antes de tudo pelo professor, Mercadante afirma que o MEC formou mais de 300 mil professores em tecnologia da educação e informação, em cursos de 360 horas e afirma também ter disponibilizado internet de banda larga em aproximadamente 52 mil escolas públicas urbanas. O ministro está investindo aproximadamente R$150 milhões em compras de tablets para professores do ensino médio de escolas públicas, que disponibiliza para eles conteúdos educacionais, com aproximadamente 15 mil aulas aprovadas pelo editorial do MEC.


“É muito importante que a gente construa uma estratégia sólida para que a escola possa formar e preparar essa nova geração para o uso de tecnologias da informação”, disse.


Mas, será que o governo tem tomado cuidado necessário ao modo como, de fato, o uso dessa tecnologia tem sido empregada nas escolas? Com tantas facilidades, há tendência a busca de informações instantâneas, que podem apresentar conteúdo duvidoso, o que pode comprometer demasiadamente o senso crítico dos alunos, que por sua vez não pensam sobre o que acham de fato sobre os conteúdos apresentados. O autor faz o favor de pensar pelo aluno, expondo sua opinião, o que geralmente influencia sobre o ponto de vista do estudante.

Danielle Honória

quarta-feira, 7 de março de 2012

Educação e Tecnologia: uma aliança necessária

“Estamos diante de uma bela demonstração de que a modernização da educação é séria demais para ser tratada somente por técnicos. É um caminho interdisciplinar e a aliança da tecnologia com o humanismo é indispensável para criar uma real transformação. (...) Em síntese, só terá sentido a incorporação de tecnologia na educação como na escola, se forem mantidos os princípios universais que regem a busca do processo de humanização, característico caminho feito pelo homem até então”. (RENATO, Eduardo José. Informática e educação, 1997,05).

“A importância da reforma dos sistemas educativos é apontada pelas organizações internacionais como uma prioridade na preparação dos cidadãos para essa sociedade pós-moderna. Não é à toa que a introdução das novas tecnologias digitais na educação apresentou mudanças para a dinâmica social, cultural e tecnológica.” 
Entendidas por especialistas e educadores como ferramentas essenciais e indispensáveis na era da comunicação, as novas tecnologias ganham espaço efetivo nas salas de aula. Computadores ligados à internet, software de criação de sites, televisão a cabo, sistema de rádio e jogos eletrônicos. Estas são algumas das possibilidades existentes e que podem ser aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos facilitadores do aprendizado.
Entretanto, apesar de muitas escolas possuírem estas tecnologias, as mesmas não são utilizadas como deveriam, ficando muitas vezes trancadas em salas isoladas e longe do manuseio de alunos e professores. Existem, segundo estudos recentes, professores e escolas que não conseguem interligar estes instrumentos às atividades regulares. 
De acordo com o pedagogo Arnaud Soares de Lima Júnior, “o acesso às redes digitais de comunicação e informação é importante para o funcionamento e o desenvolvimento de qualquer instituição social, especialmente para a educação que lida diretamente com a formação humana”. 
No entanto, ele ressalta que os modos de viver e de pensar a organização da vida estão em crise. Está em curso uma mudança qualitativa em virtude da rápida transmissão de informações entre as sociedades, rompendo com isso as barreiras geográficas dos países. 
“Por isso, cabe à educação uma parcela de responsabilidade tanto na compreensão crítica do(s) significado(s) desta transformação, quanto na formação dos indivíduos e grupos sociais. Estes devem assumir com responsabilidade a condução social de tal virada, provocada, entre outros fatores, pela revolução nas dinâmicas sociais de comunicação e de processamento de informação”, analisa Arnaud.

Modernização - Neste cenário, a importância da reforma dos sistemas educativos é apontada pelas organizações internacionais como uma prioridade na preparação dos cidadãos para essa sociedade pós-moderna. 
Não é à toa que a introdução das novas tecnologias digitais na educação apresentou mudanças para a dinâmica social, cultural e tecnológica. Modelos pedagógicos foram quebrados, tornando-se desatualizados frente aos novos meios de armazenamento e difusão da informação. Neste momento mudam também os conteúdos, os valores, as competências, as performances e as habilidades tidas socialmente como fundamentais para a formação humana.
Apesar de tentar responder a estas questões imediatas, muitos educadores salientam que a inserção, no contexto educacional, destas tecnologias ainda é encarada como uma articulação problemática. 
“Esta parceria entre educação e tecnologia é muito difícil de ser efetivada. No que se refere às tecnologias digitais, principalmente, os professores têm dificuldades de interação. Eles já até admitem utilizar o computador e a internet para preparar as suas aulas, mas não conseguem ainda utilizar as mesmas nas suas atividades em sala de aula, como instrumento pedagógico”, observa a pedagoga Lynn Alves.
Para Lynn, o uso da tecnologia não deve se restringir a mera utilização ilustrativa ou instrumental da tecnologia na sala de aula. Exemplo disso, segundo a pedagoga são as aulas de informática de colégios particulares e públicos, que assumem apenas o papel de ensinar o uso dos programas. 
“O jovem já sabe disso, ninguém precisa ensiná-lo. Por este motivo, estas aulas acabam se tornando um espaço de “desprazer”, porque os estudantes querem utilizar a tecnologia para criar, re-significar, construir e intercambiar saberes. Infelizmente, este potencial todo a escola ainda despreza”, frisa Lynn. 


Internet e Educação



“A Internet é muito mais que um mero instrumento. Além de um dispositivo, ela representa um modo diferente de efetivar a comunicação e o processamento social da informação”. Esta observação é feita por Arnaud Soares Júnior, professor do mestrado em educação e tecnologia da Universidade Estadual da Bahia e autor do livro “Tecnologias Inteligentes e Educação: currículo hipertextual”. 

De acordo com o educador, neste panorama de efetiva transformação, o uso da Internet não representa grande desafio para que os professores aprendam a sua utilização, porque suas funções mais sofisticadas são acionadas até mesmo por intuição. Isso por causa da expressão “interface amigável”, que viabiliza o manuseio rápido e fácil. 
“Para acessar a Internet não se requer nenhum grau mais elevado de operação mental. Mas, discriminar suas características tecnológicas, sua lógica de funcionamento, e sua natureza comunicativa e informacional, de modo crítico, criativo e politicamente engajado, requer um processo de formação mais abrangente e conseqüente. Tal não poderá ser feito, por exemplo, pelos cursos relâmpagos de informática, nem pelos treinamentos em informática básica”, analisa o professor.
Já no que diz respeito a utilizar a internet como meio para atrair a atenção dos estudantes, Arnaud salienta que não basta prender a atenção dos estudantes com a tecnologia, porque isto já acontece naturalmente, em virtude das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) exercerem fascínio nas novas gerações. 
“A questão mais importante é como garantir uma educação de qualidade com a utilização das TICs e como definir sua utilização mais pertinente em cada contexto de formação. Para tanto devem ser consideradas as condições e as necessidades inerentes a cada contexto, além das novas tensões sociais que aí se refletem em função do crescente processo de globalização”, explica Arnaud Soares. 
Para finalizar, o pedagogo menciona que diferente do que muitas pessoas acreditam, a Internet não é só uma rede meramente técnica e digital. “A Internet dever vista pelos educadores como uma rede de comunicação, de cultura, de socialização e sociabilidade. Ela está relacionada aos interesses políticos e mercadológicos, além de sua dinâmica estar submetida aos efeitos dos desejos e de representações sociais”, conclui Arnaud. 


Jogos eletrônicos: ferramenta importante na aquisição do saber


“A presença dos elementos tecnológicos na sociedade vem transformando o modo dos indivíduos se comunicarem, se relacionarem e construírem conhecimentos. Somos hoje praticamente vividos pelas novas tecnologias”.

A partir desta reflexão, Lynn Alves, professora do mestrado em educação e contemporaneidade da Uneb e autora do livro: “Game Over: Jogos Eletrônicos e Violência”, demonstra a importância da tecnologia, em especial os jogos eletrônicos na vida dos jovens contemporâneos.
Encarada por muitos como nocivo e prejudicial ao desenvolvimento cognitivo dos jovens, os jogos eletrônicos vêm ganhando espaço entre vários estudos e demonstram que podem ser mais um instrumento pedagógico no ambiente escolar. Esta reflexão partir da concepção que existe hoje uma geração submerso no mundo da tecnologia, que tem acesso seja através da televisão ou dos vídeos-game ou das LAN house. 
De acordo com estes estudos, os sujeitos nascidos na pós-modernidade estão imersos em um mundo altamente tecnológico. Esta geração é defendida pelos estudiosos como os “nativos digitais” ou “geração mídia”. Uma categoria que vem sendo largamente discutida na atualidade.
Com a utilização de alguns jogos eletrônicos, a exemplo do Simcity, Civilizations e RPG, “os professores podem trabalhar o aprendizado em geografia, história, porque nesse jogo desafia os estudantes a administrar recursos, criar cidades, enfrentar catástrofes, fazer escolhas, planejar, entre outras coisas”, comenta a educadora Lynn. 
Nesta perspectiva, e através do jogo eletrônico, os estudantes são estimulados a saber quais as conseqüências de colocar uma escola perto de uma fábrica poluente, além de verificarem quais os problemas sociais ou de saúde as ações realizadas durante o jogo podem causar.
De acordo com Lynn, até mesmo nos jogos violentos, tanto crítica por inúmeros pais, podem servir de fonte de aprendizado e estímulo entre o público jovem. “Você pode trabalhar a questão cognitiva, pois estes jogos exigem uma habilidade sensorial e motora muito grande, tomada de decisão e planejamento estratégico”, conclui Lynn. 

Postado por: Nathalia Vianna

terça-feira, 6 de março de 2012

Informática e Educação – Pontos Negativos

Escolhemos o texto Informática e Educação - Pontos Negativos no blog do Professor Paulo Vasconcelos pois nos identificamos com título de imediato, já que por sua vez, consideramos que educação e tecnologia são duas áreas que são muito abrangentes.
O texto aborda os pontos negativos que a tecnologia e principalmente a internet pode acarretar e atrapalhar no processo educacional.
A internet apesar da quantidade de informações e a facilidade de busca que obtemos nem sempre é usada da maneira correta, uma vez que o usuário não tem instrução de como utilizar esse recurso de maneira adequada.
Dentre os problemas um dos que mais se destaca é o plagio, que por sinal é mais comum do que se imagina, além de outros como da falta de contato com o mundo na crianção de experiências e convívio social que é importante para a formação do indivíduo.
Refletindo um pouco mais sobre as questões abordadas um dos maiores problemas identificados pelo texto é a má formação que o educador possui ao instruir o aluno para a utilização dessa ferramenta dentro do ambiente escolar, que por sua vez, ao invés de ser um facilitador, com a má instrução profissional, se torna um problema maior dificultando a compreensão da utilização da internet.
As questões que ficam em aberto são: Será que a internet e sua utilização no âmbito escolar possui capacidade de facilitar e aumentar o campo de estudo? Será que temos profissionais preparados para instruírem os alunos à busca correta de informações? 
Na nossa opinião como futuros educadores consiste na adequação da formação dos profissionais para se tornarem aptos a tais tarefas já que por sua vez a internet tem se tornado cada vez mais popular e está cada vez mais presente no nosso dia-a-dia.


Thaiany Almeida