segunda-feira, 14 de maio de 2012

Razão instrumental

Razão instrumental é um termo usado provavelmente por Max Horkheimer no contexto de sua teoria crítica para designar o estado em que os processos racionais são plenamente operacionalizados (Escola de Frankfurt); à razão instrumental, Horkheimer opõe a razão crítica.
A razão instrumental nasce quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres humanos. A razão ocidental, caracterizada pela sua elaboração dos meios para obtenção dos fins, se hipertrofia em sua função de tratamentos dos meios, e não na reflexão objetiva dos fins.
Na medida em que razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento de dominação, poder e exploração, sendo sustentada pela ideologia cientificista, que, através da escola e dos meios de comunicação de massa, engendra uma mitologia - a Religião da Ciência - contrária ao espírito iluminista e à emancipação da Humanidade.
Tendo cedido em sua autonomia, a razão tornou-se um instrumento. No aspecto formalista da razão subjetiva, sublinhada pelo positivismo, enfatiza-se a sua não-referência a um conteúdo objetivo; em seu aspecto instrumental, sublinhado pelo pragmatismo, enfatiza-se a sua submissão a conteúdos heterônomos. A razão tornou-se algo inteiramente aproveitado no processo social. Seu valor operacional, seu papel de domínio dos homens e da natureza tornou-se o único critério para avaliá-la."' (Max Horkheimer, Eclipse da Razão, Ed. Centauro, p. 29).
Embora a expressão razão instrumental tenha sido cunhada por Horkheimer, muitos autores clássicos se preocuparam, antes dele, em desvendar as novas bases das sociedades modernas, sobretudo o seu caráter eminentemente mercantil.
Entre eles, destaca-se Max Weber, o primeiro a relacionar o surgimento da modernidade ao predomínio, em todas as esferas da sociedade, da ação racional com relação a fins - isto é, aquela que ocorre quando o indivíduo orienta sua ação pelos fins, meios e consequências secundárias, ponderando racionalmente tanto os meios em relação às consequências secundárias, como os diferentes fins possíveis entre si(Economia e sociedade). Esta seria, portanto, a marca do desencantamento do mundo característico do Aufklärung e dos tempos modernos.
Ainda segundo Weber, embora esse padrão de ação resulte em maior poder e domínio sobre a Natureza, também escraviza o Homem, reprimindo a sensibilidade, a afetividade, a emotividade e as demais formas sensíveis de conduta humana, gerando especialistas sem espírito e sensualistas sem coração, nulidades que imaginam ter atingido um nível de civilização nunca antes alcançado (A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo).
Mais recentemente, também Habermas, ao abordar a Modernidade, criticou a ação racional com relação a fins ou razão instrumental. Todavia, ao contrário de Weber, que era pessimista quanto ao futuro da Humanidade, Habermas mantém sua crença no projeto moderno e no crescente desenvolvimento da razão como base para a emancipação humana.[1] Para tanto, propõe a substituição do racionalismo instrumental pelo racionalismo comunicativo que é expresso por meio do discurso. (texto retirado do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o_instrumental)

 Douglas Barreto

domingo, 13 de maio de 2012

Industria Cultural

O termo indústria cultural (em alemão Kulturindustrie) foi cunhado pelos filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), a fim de designar a situação da arte na sociedade capitalista industrial[1].
Membros da Escola de Frankfurt, os dois filósofos alemães empregaram o termo pela primeira vez no capítulo O iluminismo como mistificação das massas no ensaio Dialética do Esclarecimento, escrita em 1942, mas publicada somente em 1947[2].
Para os dois pensadores, a autonomia e poder crítico das obras artísticas derivariam de sua oposição à sociedade. No entanto, o valor contestatório dessas obras poderiam não mais ser possível, já que provou ser facilmente assimilável pelo mundo comercial[3]. Adorno e Horkheimer afirmavam que a máquina capitalista de reprodução e distribuição da cultura estaria apagando aos poucos tanto a arte erudita quanto a arte popular. Isso estaria acontecendo porque o valor crítico dessas duas formas artísticas é neutralizado por não permitir a participação intelectual dos seus espectadores[4].
A arte seria tratada simplesmente como objeto de mercadoria, estando sujeita as leis de oferta e procura do mercado[3]. Ela encorajaria uma visão passiva e acrítica do mundo ao dar ao público apenas o que ele quer, desencorajando o esforço pessoal pela posse de uma nova experiência estética. As pessoas procurariam apenas o conhecido, o já experimentado. Por outro lado, essa indústria prejudicaria também a arte séria, neutralizando sua crítica a sociedade.

 Objetivo

Em todos os ramos da indústria cultural existem produtos adaptados ao consumo das massas, sendo por elas que as indústrias se orientam, tendo no consumidor não um sujeito, mas um objeto. Este termo define as produções artísticas e culturais organizadas no contexto das relações capitalistas de produção, uma vez lançadas no mercado, é por estes consumidas.[5]
A indústria cultural idealiza produtos adaptados ao consumo das massas, assim como também pode determinar esse consumo trabalhando sobre o estado de consciência e inconsciência das pessoas. Ela pode ainda ter função no processo de acumulação de capital, reprodução ideológica de um sistema, reorientação de massas e imposição de comportamento.[6]                                                                                         

(texto retirado do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_cultural)
           Douglas Barreto

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Fatos curiosos que fazem da educação na Finlândia um exemplo

Lição de casa e boas notas têm pouco peso no sistema educacional altamente bem-sucedido dos finlandeses

Crianças finlandesas
Crianças finlandesas: sem lição de casa ou broncas por notas baixas
São Paulo – A Finlândia tem um dos sistemas educacionas mais admirados do mundo. O país garante acesso universal e gratuito a escolas de qualidade e está em primeiro lugar no índice de educação global publicado pela ONU em 2008.
Como parte de uma reforma no ensino feita na década de 1970, o país paga melhores salários aos professores, limita o número de alunos em sala de aula, garante liberdade às escolas para trabalhar o próprio currículo e dá pouca atenção a avaliações e dever de casa.
O resultado pode ser medido em números: segundo dados de um levantamento feito pelo instituto Legatum, 94% dos finlandeses aptos concluem o ensino secundário e ingressam no ensino superior. A mesma pesquisa mostra que 82% dos finlandeses estão satisfeitos com a qualidade da educação no país.
Confira, a seguir, quatro fatores pouco familiares à realidade do ensino brasileiro que contribuem para estes resultados:
A escola só começa aos 7 anos de idade e, lição de casa, só na adolescência
Segundo a OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), as crianças finlandesas são as que passam menos horas dentro de sala de aula entre os países desenvolvidos. Embora existam creches e pré-escolas, a educação formal só começa aos 7 anos de idade – a ideia é que antes desta idade elas aprendem melhor brincando que em sala de aula – e os graus primário e secundário são integrados para que a criança não tenha que trocar de escola no meio do processo. Os “intervalos” podem, durar até 75 minutos e a lição de casa não é uma prática incentivada antes que os alunos cheguem ao meio da adolescência, por volta dos 16 anos de idade.
Os alunos não são avaliados por notas
Uma das características marcantes do sistema educacional finlandês é o alto grau de autonomia concedido a escolas e professores. Não há nenhuma avaliação padrão obrigatória para os alunos a não ser por um único teste de língua, matemática e ciências naturais ao final do ensino secundário (quando os alunos têm entre 17 e 19 anos de idade). No dia a dia, os professores não avaliam os alunos por notas e sim por critérios descritivos, evitando comparações entre eles. Assim, o foco não é no desempenho dos alunos e sim do aprendizado de fato
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Danielle Honória

Olha aí a rapina da tecnologia na educação

Elio Gaspari, O Globo
Com vocês, Delúbio Soares 2.0. A Polícia Federal achou-o no restaurante 14 Bis, no Rio, discutindo o fornecimento de lousas digitais para escolas públicas capixabas e goianas.
Segundo o empresário interessado, o companheiro disse-lhe que “um pedido do meu deputado é praticamente uma ordem”. Referia-se ao deputado estadual Misael Oliveira (PDT-GO).
Desde que o homo sapiens grafitou a caverna de Altamira, há 15 mil anos, repete-se o costume de usar uma pedra (giz) para desenhar ou, mais tarde, escrever, numa superfície rígida. Desde o século XI isso é feito em escolas. Os quadros-negros custam pouco, não enguiçam, não consomem energia, nem precisam de manutenção.
As lousas digitais, cinematográficas, interativas e coloridas, tornaram-se parte de uma praga estimulada por fornecedores de equipamentos eletrônicos para a rede pública de ensino. Cada uma custa pelo menos o salário-base de um professor (R$ 1.451).
Um dos municípios que contrataram lousas da empresa que tratou com Delúbio foi o de Presidente Kennedy (ES). Gastou R$ 2,7 milhões em três escolas, e o endereço da fornecedora era um terreno baldio.
O prefeito e seis secretários, inclusive a de Educação, foram presos.
Com os royalties da Petrobras, Presidente Kennedy tem uma das maiores rendas per capita do Espírito Santo, e um dos piores índices de desenvolvimento humano.
O pequeno município não está sozinho nessa febre. O MEC quer comprar 600 mil tablets para que professores preparem suas aulas (como, não diz). Isso e mais 10 mil lousas digitais.
O governo de São Paulo estuda um investimento de R$ 5,5 bilhões para colocar lousas e tabuletas em todas as escolas públicas.
Gustavo Ioschpe foi atrás da ideia e descobriu que a Secretaria de Educação não tinha um projeto pedagógico que amparasse a iniciativa. Toda a documentação disponível resumia-se a uma carta do presidente da Dell (fornecedor do equipamento), com um resumo de um estudo da Unesco. Pediu o texto, mas não o obteve.
Lousas digitais, tabuletas e laptops são instrumentos do progresso quando fazem parte de uma ação integrada, na qual tudo começa pela capacitação do professor. Hoje, no Brasil, contam-se nos dedos as experiências bem-sucedidas na rede pública.
Prevalecem desperdícios que poderiam ser evitados pela aplicação da Lei de Simonsen: “Pague-se a comissão, desde que o intermediário esqueça o assunto”.

Danielle Honória

Um computador por habitante até 2017

O Brasil terá, em cinco anos, computadores em quantidade equivalente a de seus habitantes. O que isso significa para o país? E para a educação?
João Luís de Almeida Machado Educação
computadores
Você tem um computador? Imagine que hoje, no Brasil, temos 99 milhões de computadores. Isso equivale a dizer que há uma máquina para cada duas pessoas. Isso mesmo, a revolução da informática já aconteceu e estamos vivendo num universo no qual elas são praticamente onipresentes. Você vai ao supermercado e lá estão elas. Nos bancos, hoje, há mais máquinas que funcionários. No campo, a produção agrícola é gerenciada a partir de modernos softwares que permitem aos criadores prever as safras, o clima, as cotações internacionais...
Vá ao aeroporto, passe pela rodoviária, dê uma volta pelas ruas de sua cidade e conclua, o universo tecnologizado tomou conta de tudo e de todos. Se não bastassem todos estes 99 milhões de computadores, aos quais, somente neste ano estarão se adicionando mais uns 12 milhões de equipamentos vendidos (a previsão para 2012 é de 18 milhões de computadores vendidos, como já estamos em abril, faça as contas e veja que serão perto de 110 milhões de equipamentos vendidos na virada para 2013), há ainda tablets, smartphones e outras maquinas...
Sendo a perspectiva de venda para o ano na casa dos 18 milhões de computadores (entre desktops, notebooks, netbooks e congêneres), note que são vendidos em média 1,5 milhões de equipamentos por mês. Se fizermos o cálculo com base em 30 dias por mês, chegamos à impressionante quantidade de 50 mil computadores vendidos por dia! Estes números, divulgados nos últimos dias pelos meios de comunicaçãofazem parte de pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os especialistas neste mercado dizem que o Brasil está acima da média mundial quanto a computadores, telefones e televisores. A quantidade de telefones no país já faz com que os brasileiros estejam muito próximos dos americanos (Há mais de um aparelho por habitante no país, portanto já foi superada a barreira dos 200 milhões de celulares vendidos no Brasil).
Tecnologias representam a ideia de progresso no imaginário coletivo, ou seja, com tantos equipamentos a informação se faz mais presente, permite ao cidadão maior participação e conhecimento de causa, fazendo com que ele seja mais altivo, politizado, engajado. Aumenta-se a consciência coletiva, com mais ações em prol de causas justas e nobres como a defesa do meio-ambiente, a luta contra a corrupção, benfeitorias em favor de idosos ou crianças carentes, adequações e facilidades para as pessoas com deficiências, educação de qualidade ou saúde com bom atendimento para toda a população, por exemplo.
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A disseminação dos computadores e de outras tecnologias deveria reverter nas escolas no surgimento de novas e mais eficientes metodologias de ensino ou ainda em trabalhos escolares que exijam aprofundamento e mais pesquisa, leitura e produção escrita por parte dos alunos. A diversificação de mídias e recursos provenientes das tecnologias de informação e comunicação, ainda no âmbito das escolas, poderia e deveria significar mais ações que gerem publicação dos alunos, seja de textos ou de outras realizações, como vídeos, podcasts, imagens digitais, entre outras.
Que alunos, professores, profissionais de outras áreas e cidadãos brasileiros aderiram aos computadores e suas possibilidades isso é fato. Os brasileiros fazem parte, desde o surgimento das principais redes sociais no mundo, do grupo de 10 países que mais usam plataformas como o Facebook, o Twitter, o Flickr, o Orkut... Mas, efetivamente, o quanto deste uso reverte em favor do crescimento pessoal, profissional e, em escala mais ampla, de empresas, causas sociais, serviços públicos e da própria nação?
A questão mais premente é justamente esta, ou seja, o que significa para o Brasil ser um dos países em que há mais computadores por habitante? Como isso reverte para a economia? De que modo tantos equipamentos disponíveis se tornam vetores de trabalho, produtividade ou mesmo de aspectos aparentemente subjetivos mais igualmente importantes como felicidade, solidariedade, paz e amor entre as pessoas?
Que os computadores e suas redes constituem recurso importante e que de alguns anos para cá e para frente farão ainda mais diferença na vida de cada um e de todos os cidadãos do Brasil e do mundo não há dúvidas. O uso dos equipamentos pode e deve, no entanto, reverter em benefícios maiores. Não basta ter computadores, internet rápida, telefonia 3G e/ou 4G, fibra ótica e tecnologias afins cada vez melhores se não as percebermos e as utilizarmos pelo progresso econômico, social, político e cultural.
As escolas, por exemplo, que deveriam ser o ponto de partida para a utilização mais inteligente e focada destes recursos ainda são espaços nos quais o potencial destes recursos não é explorado como deveria. Utilizam-se ainda, de forma mais frequente, aulas transpostas para slides, em formato PowerPoint, ou abrem-se artigos ou vídeos em sites para visualização pelos alunos em aula. Outro expediente regular é pedir pesquisas no Google e em outros buscadores, ou ainda que se explorem verbetes trazidos na Wikipedia. É muito pouco perto do que potencialmente pode ser feito. Para tanto é preciso estudo e planejamento aprofundados quanto as ferramentas, redes, canais, plataformas e demais recursos disponíveis.
Os cursos de pedagogia e licenciatura precisam ter em sua grade, obrigatoriamente, disciplinas introdutórias ao uso dos computadores e, em especial, matérias em que o uso pedagógico do recurso seja estudado, incentivado, planejado e executado da melhor forma possível. Há, nas universidades brasileiras, como a PUC-SP e a Unicamp (entre outras), núcleos de excelência, na graduação e, principalmente, na pós-graduação (mestrado e doutorado) projetos em estudo e desenvolvimento que propõe e realizam a ponte entre todas estas tecnologias e a sala de aula. Pautam-se na leitura, estudo e contextualização para a realidade brasileira daquilo que de mais importante e prestigioso está sendo desenvolvido nas mais importantes universidades e centros de pesquisa mundiais, na Europa, nos Estados Unidos, no Japão e em outros centros avançados no setor.
Pensar em milhões de computadores, espalhados pelos quatro cantos do país, em residências e empresas, sem que o melhor uso deles esteja sendo articulado a partir das escolas para atingir o setor produtivo, a governabilidade do país, as ações sociais, a cultura e todos os demais segmentos de ação humana nos faz constatar que ter tantas máquinas sem que seu uso reverta de fato em prol de todos é um grande desperdício, de tempo e de dinheiro...


Thaiany Almeida

domingo, 6 de maio de 2012

Papel de professores é questionado no Fórum da Liberdade

A mudança do papel dos professores, que deixam de ser "meros repassadores de conhecimento" para se transformarem em "asseguradores de aprendizagem", e o papel dos pais no desenvolvimento das crianças em busca dos empreendedores do futuro, foram algumas das colocações feitas pela secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin, e pelo professor canadense naturalizado americano Stephen Hicks, durante o painel "Educação: Obedecer, Pensar ou Criar?", que aconteceu na 25ª edição do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, nesta terça-feira.
Durante a palestra, Claudia focou sua fala nas recentes conquistas do Brasil na educação, e desmistificou o pensamento de que a educação do passado era melhor que a atual. "No final da década de 60, o Brasil tinha 40% das crianças na escola - aquelas escolas que minha geração faz muita menção - e hoje temos 97%. Ao universalizar, começam a aparecer os problemas na educação, que estão relacionados com o baixíssimo nível de educação dos pais", disse.
Segundo ela, outro fator que favoreceu a decadência do ensino público, foi a valorização da mulher no mercado de trabalho, o que fez com que as professoras do passado migrassem hoje para as empresas. Claudia disse que, mesmo em comunidades carentes do Rio, a maioria das crianças tem acesso à internet, o que obrigou os professores a mudarem de postura. "Os professores não podem achar que são apenas transmissores de conhecimento (...) têm que ser facilitadores do processo de aprendizagem".
Essa última colocação da secretária foi precedida da fala do professor de Filosofia Stephen Hicks, autor de obras como Explicando o pós-modernismo: ceticismo e socialismo de Rousseau a Foucault e Nietzsche e os nazistas, que defendeu que as escolas não podem mais ser as únicas responsáveis pela educação e estímulo das crianças, tendo em vista a necessidade que os países possuem de formarem profissionais empreendedores e criativos.
"O que a cultura americana faz de melhor? É a preocupação que os pais têm com o que os filhos fazem fora da escola. A maioria das instituições possui clubes de xadrez, debate, inovação e fazem visitas a museus e galerias de arte", disse o professor ao explicar sobre um grupo de japoneses que buscou junto às escolas dos Estados Unidos o motivo para o empreendedorismo dos americanos.
Para Hicks, atividades esportivas, "quase uma obsessão entre os americanos", são um exemplo de iniciativas que ensinam as crianças sobre "competição, sucesso, falhas, trabalho duro... valiosas lições", enumerou. Segundo ele, o ambiente nas escolas deve ser de estímulo ao aprendizado livre, nos mesmos moldes do que se faz com as crianças nos primeiros anos de vida. "Temos que enfatizar em uma estrutura positiva".


Nathalia Vianna

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Projeto combina tecnologia e cultura local em escolas de SP

Três escolas paulistanas serão palco, a partir do dia 12, de uma iniciativa que busca utilizar as tecnologias e a cultura digital para melhorar a qualidade de vida das comunidades em que os centros de ensino estão inseridos. O projeto Acessa Legal, que a Fundação Telefônica|Vivo lança daqui a duas semanas, vai atender unidades da rede Acessa Escola, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.

As unidades escolares das diretorias de ensino da rede estadual Osasco, Sul 1 e Sul 2 foram as escolhidas, e cerca de 200 pessoas - 80% de alunos estagiários do Acessa Escola, além de educadores e universitários - vão fazer o intermédio entre salas de informática e a comunidade, usando a cultura local como fortalecedor da iniciativa. "O objetivo utilizar a tecnologia para contribuir para fortalecer o poder de atuação dos jovens em suas comunidades", resume a diretora de Programas Sociais da Fundação Telefônica|Vivo, Gabriella Bighetti, sobre o projeto piloto.

O Acessa Legal será executado e coordenado sob responsabilidade do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária.


Nathalia Vianna